sexta-feira, 26 de julho de 2013

enfim

m’escorreguei pelas frestas
e pelos vãos dos teus dedos
meu horizonte é rubi

terça-feira, 23 de julho de 2013

poeminha de_vagar


Todo meio-dia ele surgia na esquina
e vinha e vinha – devagar como convinha – ,
sandálias riscando a calçada.
Na boca, um gostinho de cocada branca.
Os olhos cheios de malícia doce
transbordavam carinho, prometiam carícias.
Chegava se achegando,
chegava murmurando para a moça da janela:
Você é minha, assim toda bem feitinha.
E mesmo que não fosse, porque não quisesse,
nada mais era preciso além de abrir os braços,

espaço exato pro aconchego dela.